0:00
/
0:00
Transcrição

Neurodivergência na Vida Adulta: Meu Bate-Papo com a Psicóloga Camyla Guigue

Como o Autismo e as Altas Habilidades Influenciam Minha Rotina e Inspiram Novos Olhares

Quero te convidar para assistir a uma conversa muito especial que tive com a psicóloga e neuropsicóloga Camyla Guigue. Nesse vídeo, nós duas mergulhamos em temas que fazem parte do meu dia a dia e que também podem fazer parte do seu ou de alguém próximo: a neurodivergência, o autismo e as altas habilidades na vida adulta.

Logo de cara, você vai me ver contando um pouco sobre o meu diagnóstico tardio de autismo e de altas habilidades. Compartilho como tudo aconteceu e por que perceber que eu sou autista trouxe um alívio gigantesco para a minha saúde mental. Durante a conversa, a Camyla explica de forma clara o que significa ser neurodivergente e como as diferenças no funcionamento do cérebro podem impactar a nossa rotina, sejam nos relacionamentos, no trabalho ou em momentos de lazer.

Falo abertamente sobre as adaptações que busquei na minha profissão como programadora de sites, principalmente no que diz respeito ao trabalho remoto. Conversamos sobre o quanto ambientes mais tranquilos e flexíveis podem ajudar uma pessoa neurodivergente a desempenhar seu potencial sem sofrer tanto com o cansaço e a sobrecarga. E, claro, também entro em detalhes sobre o desafio de ter uma mente inquieta, resultado das minhas altas habilidades, e como isso às vezes me deixa querendo abraçar mais projetos do que o tempo permite!

A Camyla traz um ponto de vista profissional fundamental ao explicar que cada autista é único — e reforça que termos como “cara de autista” ou “não parece autista” são reflexos de falta de informação e até de capacitismo. Nesse sentido, discutimos como, muitas vezes, pessoas — principalmente mulheres — demoram a receber o diagnóstico por mascararem seus comportamentos, tentando se encaixar em um padrão que não respeita suas singularidades.

Falamos também sobre maternidade autista: compartilho minhas reflexões sobre criar minha filha e a possibilidade de ela vir a ser ou não neurodivergente. Esse assunto foi especialmente rico, porque me fez perceber que, mesmo sendo autista, posso ter uma filha neurotípica e, ainda assim, construir com ela uma relação amorosa e compreensiva, na qual cada uma aprende muito sobre a outra.

Por fim, deixamos claro que não se trata de “corrigir” quem é neurodivergente, mas sim de encontrar caminhos para uma melhor qualidade de vida. É sobre aceitar, incluir e compreender que há tantas formas de ser e de enxergar o mundo quanto há pessoas nele.

Se você quer se aprofundar nesse universo, entender melhor sobre autismo, altas habilidades e o que é a neurodivergência, não perca essa conversa. Nosso objetivo é justamente despertar curiosidade e empatia para que cada vez mais pessoas se sintam acolhidas. Dá o play no vídeo e vem descobrir como o conhecimento e a compreensão podem transformar nossas relações, nossa saúde mental e até a forma como trabalhamos.